Minha primeira entrevista em inglês

“O dia em que resolvi sair da zona de conforto.”

Rafael Pinho
3 min readApr 15, 2016

Desde os meus 13 anos de idade, eu quis aprender diversos idiomas para conhecer o mundo e mostrar minhas ideias. Depois de tentar aprender inglês por 3 anos estudando sozinho e online, iniciei um curso presencial.

Ao invés de ensinar da maneira como fazem as instituições antiquadas (padrão de sempre), a professora ensinou primeiro a estrutura do idioma, e depois ensinou o inglês. Isso deu super certo! (Todos os alunos entenderam! Segue a dica, instituições e escolas “padrões”.) O vocabulário fui adquirindo dia após dia na profissão TI, lendo artigos, jogos, filmes e etc.

Escrevi finalmente meu primeiro artigo em inglês. Tive aquela sensação de dever cumprido.

Depois disso, resolvi me candidatar para uma vaga numa multinacional de tecnologia que exigia no mínimo o inglês intermediário, mesmo para trabalhar no Brasil. O site da empresa estava em inglês, resolvi então enviar uma mensagem em inglês (poderia ter sido em português).

Entre as idas e vindas de e-mails trocados com a Recruiting Manager, fiz um teste técnico online e passei. Foi muito fácil!

Depois disso, chegou a hora do terror: entrevista com Recursos Humanos e Técnica via Skype. No dia anterior a ligação, resolvi estudar um pouco de conversação vendo vídeos.

Quando a recrutadora me ligou parecia que eu estava apaixonado: o coração acelerou rapidamente e as mãos começaram a transpirar. Apesar do nervosismo, compreendi 95% do que foi dito. No começo eu só tive que dizer meu nome, minha idade e o que eu havia lido sobre a empresa. Tudo bem.

Depois, ela começou a fazer perguntas mais complicadas, como:

“O que você fez na empresa XX como técnico de manutenção? E na empresa YY?” “Você tem disponibilidade para trabalhar e fazer treinamentos no país X? Y? Z?“ “Qual o seu salário?”

Como eu não havia treinado (nem esperado) essas perguntas, comecei a dizer quase o tempo todo “I’m not understand. Can you repeat please?”. Fui respondendo conforme fui entendendo aos poucos.

O desastre começou quando comecei a pensar as frases em português e tentei traduzir pro inglês, ao invés de responder as perguntas em inglês.

Depois disso, esqueci, confundi ou desconheci a pronuncia de algumas palavras como rotines, technical, would, algumas letras do alfabeto (PHP), dizer “はい” (hai, sim) ao invés de yes, etc.

Lembro também de dizer “two hundred” ao invés de “two thousand”. Bom, pelo menos meu inglês é melhor que o da Dilma e do Joel Santana hahahaha.

Escrevo isto a gerações futuras. Tudo que construí e conquistei não surgiu de repente. Não foram só acertos. Todos falham, muitos desistem, alguns persistem, poucos tentam, ninguém é perfeito, mas todos podem.

E não esqueçam:

[]’s !

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Rafael Pinho

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